Dúvidas Rápidas

Na indicação de um espaço de tempo, tanto se pode usar "há" como "a". Usa-se "há" quando se trata de um espaço de tempo que já passou. Usa-se "a" quando se trata de um espaço de tempo que ainda não passou.

Exemplos:

Joana saiu há dez minutos.

Joana voltará daqui a dez minutos.

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Não se pode confundir "haja" (do verbo haver: significa exista) com "aja" (do verbo agir).

Exemplo:

É preciso que ele aja com atenção a fim de que não haja outro descuido.

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O termo "anexo" é um adjetivo e, como tal, é totalmente variável, concordando, em gênero e número, com o substantivo ao qual se refere.

Exemplos:

Segue anexo o relatório.

Seguem anexas as duplicatas.

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Ruim ou Ru-im? Ao nos comunicarmos dentro da língua padrão, devemos dizer "ru-im" (dissílaba). Está na mesma linha de pronúncia da palavra "ruína".

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O verbo "fazer", indicando tempo (minutos, dias, semanas, meses, anos), é impessoal, ou seja, permanece sempre na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

Faz anos que nos conhecemos.

Fazia meses que não nos encontrávamos.

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(Fonte: Todo o mundo tem dúvida, inclusive você)

Questão de Concurso

[TRE-BA] De acordo com a norma culta, qual é a frase sem problemas?

a)      A comunidade científica é rigorosa quanto as regras de seu próprio trabalho, para evitar que qualquer coisa sem a devida comprovação passa como se fosse uma pesquisa que o valor é indiscutivelmente científico.

b)      Há regras, impostas pela comunidade científica, pelas quais todo pesquisador sério deve pautar seu trabalho, a menos que ele não pretenda alcançar o reconhecimento e a consideração de seus pares.

c)       As metáforas são úteis para os cientistas também, haja visto que eles socorrem-se a elas quando trata-se de se referirem aquilo que o trabalho científico ainda não comprovou, de modo mais concluso.

d)      Não é de admirar que Platão esteje influenciando até hoje cientistas famosos, como se constata que tanto Newton e Einstein o foram, acercando-se de metáforas tão semelhantes as que o mestre grego formulou em que própria época.

e)      É o valor universal que torna mais preferível o conhecimento científico ao religioso, pois neste há o valor da fé, ao passo que é o no primeiro caso onde o que vale é a capacidade de se demonstrar que tem numa tese.

Resposta: B

A Escrita e seus Procedimentos

"[...] fonte de dificuldades está nas relações entre orações ou frases sucessivas. De fato, a simples justaposição deixa ao leitor o trabalho de estabelecer as relações (temporais, causais etc.), com riscos importantes de erros capazes de afetar a coerência e a representação mental. Por conseguinte, várias pesquisas têm mostrado que a introdução de conectivos (mas, porque, de repente...) melhora ao mesmo tempo o processamento em tempo real, por exemplo, acelerando ou desacelerando o ritmo de leitura, e a compreensão."

"[...] a atividade de leitura leva os indivíduos a ativar procedimentos específicos capazes de melhorar a compreensão."

"Os textos são melhores na medida em que os conhecimentos prévios são numerosos e bem organizados na memória."

"Assim, preparar um plano antes de redigir melhora os desempenhos, tanto quanto o fato de deixar para depois as questões de ortografia para abordá-las no fim da redação."

Fonte: Michel Fayol, em Aquisição da Escrita

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O prazer (e o esforço!) da leitura

    "Fala-se muito em 'formação de leitores'. É 'politicamente correto' elogiar a literatura e a leitura. Infelizmente, não poucas crianças têm contato com adultos – pais, professores e outros – que recomendam a leitura, falam em livros e autores 'clássicos' mas, na verdade, não são leitores nem se interessam pela literatura.

    Apesar de bem intencionadas, essas pessoas, adeptas da filosofia do 'faça o que eu digo, não faça o que eu faço', costumam descrever a literatura de forma bastante idealizada. Falam em algo 'mágico', num prazer 'indescritível', referem-se a 'viagens' e coisas assim.

    Raramente, porém, talvez por não terem experiência, lembram-se de comentar, por exemplo, que a leitura, como muitas coisas boas da vida, exige esforço e que o chamado prazer da leitura é uma construção que pressupõe treino, capacitação e acumulação. O contato com adultos pseudo-leitores e com idealizações infelizes a respeito da literatura e da leitura, de qualquer forma, tenho certeza, não tem contribuído para a formação de novos leitores." (Ricardo Azevedo)

Fonte: ricardoazevedo.com.br

    É importante destacar que, com a Redação, a coisa funciona da mesma forma. Escrever é um ótimo exercício e é uma atividade que pode ser extremamente prazerosa. Mas escrever exige muita dedicação, muito treino e muito tempo.