Uma base de conteúdos em comum para as crianças de todas as escolas de educação básica do país. Esta é a proposta do Ministério da Educação (MEC) que vem sendo discutida pelo setor em Santa Catarina e começou a ganhar corpo na semana passada, quando foi lançada a comissão temática para aplicar a Base Nacional Comum (BNC) no Estado.
O documento está em fase de elaboração pelo MEC e deve ter uma versão preliminar publicada no dia 16 de setembro. A meta da BNC é uniformizar – pelo menos em parte – o que é ensinado nas 190 mil escolas públicas e privadas de todo o país.
A intenção do governo é tornar mais claro para professores de diferentes realidades quais são os elementos fundamentais a serem ensinados dentro de cada disciplina, sem necessariamente alterar a grade curricular das escolas.
"Não se trata de dizer como as escolas devem ensinar, mas estabelecer objetivos para cada área, para cada fase da vida do estudante. As instituições mantêm as referências regionais", explica o secretário nacional de Educação Básica do MEC, Manuel Palácios.
Além de facilitar a mobilidade de um estudante entre uma escola e outra, a BNC permitiria a elaboração de materiais didáticos mais abrangentes, como livros e filmes. Exames e medições como a Prova Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também tornariam-se mais precisos.
"Hoje, o ensino é pautado pelas avaliações, seja vestibular, seja Prova Brasil. Com a base comum, a lógica se inverte: é o conteúdo definido nacionalmente que pautaria as avaliações", explica a coordenadora da Base Nacional Comum em SC, Maike Ricci.
Segundo ela, as regras finais devem ser muito diferentes da versão que será lançada pelo MEC. Isso porque, a partir de agora, cada Estado deverá formular contribuições e apontar quais pontos de seu próprio currículo consideram relevantes para o debate nacional.
(Fonte: Diário Catarinense)
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